quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

3,14².... 25 Joules..... Revolução Francesa.... o,O

Chegada minha vez de postar, primeiramente peço licença ao leitores para invadirem um pouquinho o meu cotidiano, pra entenderem um pouco do seu. Não que seja messiânico (ou tão pouco universal), mas gostaria de falar sobre a solidão colaborativa que passamos.
O Augusto, vulgo Pajé, citou no seu texto sua passagem pelo vestibular. então eu também gostaria de falar sobre a minha experiência.


Como os que me conhecem sabem, não sou um aluno a ser nomeado exemplar, mas sempre consegui (de uma maneira obscura até mesmo pra mim) me destacar. Acomodado entre um dos melhores da sala em desempenho, sempre me questionei se o valor que atribuiam aos meus trabalhos e exames eram realmente válidos, já que não havia esforço ou inspiração suficiente.
Confesso-me desiludido, em aspectos gerais, como a forma que nos avaliam. E o vestibular está incluso nesse método.

Eu não queria dizer que foi frustrante -como foi- e nem cansativo -como foi - o vestibular 2008 UFG, no qual fui admitido após um ensino médio de agitação social e inicialização em bebidas (aspecto pelo qual me orgulho de ter aprimorado rápida e eficientemente).
A prova não estava "boa" de se fazer, e não ser temática como a UnB me aborrecia muito, já que adoro me distrair no passeio que a Universidade de Brasília propõem, misturando os conteúdos como vem o pensamento natural, livre de taxações de disciplinas e matérias.
(obs: pensando bem, isso não é bem meu cotidiano, já que passou faz algum tempo... =\ )
O tempo também não me foi um fator limitante. e pra minha infelicidade não havia um(a) fiscal atraente pra flertar durante nenhuma das fases do processo seletivo.

Não desenhei o coelho de chantagem. Nem ele, ou o chapeleiro, ou a centopéia, ninguém veio trocar meu tédio por fantasia. E minha introspecção era sombria e silenciosa. Nada acontecia fora, nada acontecia dentro.
Senti um gostinho suave de adrenalina quando vislumbrava uma possível vida universitária utópica, com independência econômica e emancipação. Não durou o suficiente pra formar uma imagem da minha presença embriagada numa festa, coisa que nunca me aconteceu no ambiente universitário (mas que ocorre religiosamente nos fins de semana entre amigos).

Passei. Continuo estudando. Não trabalho na área ainda. Não tenho um carro próprio. Não tenho uma casa própria. Já vivi quase duas décadas e tenho só um notebbok e uma guitarra que me foram dados. Sei alguns poemas de cor e vi muitos filmes.
Mas ainda me pergunto que tipo de seleção estúpida e escrota pegou um vagabundo filinho-de-mamãe como eu e achou que poderia ser parte integrante dos 2% da população jovem universitária brasileira e jurar que sou produtivo?

Puta que pariu! Alguma coisa tem que estar errada. Ou sou melhor do penso, ou o país é pior do que imagino. E, verdadeiramente, não sou pretencioso......



AVE JUVENTUDE!



por: Rafael Souza Oliveira (a.k.a. Bleidi)

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